Procurando...

Todos nós nascemos equipados para aprender um idioma. Algumas pessoas demoram mais para aprender, mas em algum momento elas aprendem. Nós temos diferentes tipos de inteligência, um bom professor vai assegurar-se de que o método utilizado dê, a todos os tipos de aprendizes, as chances necessárias de aprender do seu jeito próprio. Algumas pessoas são do tipo visual verbal (aprendem lendo), algumas são do tipo não-verbal/pictórico (aprendem melhor a partir de diagramas e fluxogramas, imagens), algumas são auditivas (aprendem ouvindo), algumas são cinestésicas (aprendem fazendo), essas pessoas têm que fazer alguma coisa enquanto estão estudando, pode ser um desenho ou fazendo anotações. Na verdade estas pessoas são aquelas que aprendem fazendo as coisas, elas saem montando o armário, ao invés de ler as instruções antes. O método tradicional de aprendizado de idiomas privilegia um tipo em detrimento do outro. Por isso alguns alunos são rotulados como maus alunos, ou seja, aqueles “que não têm jeito pra línguas. E agora... QUAL É SEU TIPO?

Linugox
Wednesday, September 21

Dicas para professores de Línguas


A primeira coisa de que gostaria de falar é sobre as vantagens e desvantagens de ser um professor de idiomas. Há, claro, muitas coisas além das que aqui coloco, mas foco no professor iniciante.

Vantagens

1. Dividir muitas, muitas experiências
Cada aluno, um mundo novo. Cada escola é como um portal que o leva a múltiplas experiências de sala de aula, públicos diversos, metodologias inúmeras e materiais diferentes. Ser um professor está longe de ser um trabalho monótono, você vai se relacionar com alunos de todas as idades e com todos os propósitos, com todo o tipo de facilidade, dificuldade, objetivos. Você vai fazer dos outros professores seus amigos e vai aprender muito com os mais experientes e ajudar os mais novatos. É uma profissão sem dúvida muito enriquecedora.
2. Estar sempre aumentando o conhecimento e estudando
O ensino não poderia estar mais longe de ser uma profissão estagnada. Cursos, estudos, livros, especializações, palestras, viagens: a oferta para melhora e desenvolvimento é tremenda e atrativos intelectuais para os amantes de idiomas é o que não falta.
3. Saber que fez a diferença na vida de alguém
Sempre tive medo de um dia crescer e ter uma profissão que não acrescentasse nada a ninguém. Que passasse despercebido, apenas me servindo de sustento. Um professor é o oposto disso, certamente. Nas mãos do professor está toda a capacidade e responsabilidade de fazer a vida de alguém melhor. Embora cada aluno tenha o seu objetivo, todos estes podem se resumir a uma palavra: melhora. Alguns buscam melhora no emprego, outros nos estudos, outros culturalmente ou comunicativamente, mas a melhora é o alvo, e o professor está lá como a ponte que vai levá-lo de onde ele se encontra agora até o seu objetivo. O aluno terá que cruzar a ponte sozinho, mas o professor é que a constrói e o ajuda nessa empreitada.
4. Ter sempre desafios
Você pode ter 10 anos de experiência, e ainda sim encontrar coisas novas e aprender mais e mais. Encontrar um método novo que exija mais de você, aprender formas novas de ensinar coisas antigas e desdobrar-se em 3 ou 4 para que seja capaz de ajudar o aluno a alcançar o que quer passando por cima de suas limitações e dificuldades. Sempre há um novo aluno com algum objetivo que nunca lhe apareceu antes, ou uma dificuldade ou medo com o qual você nunca tenha lidado. Os desafios de um professor nunca se esgotam.

Desvantagens

1. Trabalho 24h por dia – duas jornadas
Aquela máxima de que “ser pai é um trabalho de tempo integral” vale também para professores. O horário de trabalho mais concorrido é o noturno e sábados pela manhã, ou muito cedo durante a semana. Não apenas isso, as ideias de aula e os desafios para ajudar cada aluno a superar as suas dificuldades tomam grande parte do seu tempo livre, nos seus pensamentos. Tudo isso fora lições de casa, preparação de aula, etc. Não acaba nunca.
No entanto, fiquei em dúvida sobre colocar esse tópico em vantagens ou desvantagens, uma vez que trabalhar fora do horário comercial também tem seu lado bom: nunca pego fila no banco, sempre faço minhas compras em horários em que o supermercado está super vazio, durmo até tarde todos os dias pois foco nas turmas noturnas e frequento academia quando o professor está lá só para me atender. Tem a parte boa.

2. Falta de cursos preparatórios
Cursos de tradução, pedagogia e de letras há diversos. Um curso que de fato o prepare para a sala de aula de um curso de idiomas, não encontrei nenhum – e é inclusive de onde veio a minha vontade em escrever para esse público. Há diversas coisas que fazemos quando somos novatos e noto que a cada semestre professores novos cometem os mesmos erros, e todos eles poderiam ser evitados e o tempo que é disposto nele para solucioná-lo poderia estar sendo usado para o desenvolvimento do professor. O mercado é bem escasso nessa área.
3. Salários baixos e por hora
Ao menos para quem está começando, o mais comum é encontrar trabalho em escolas que pagam os professores por hora. Boa parte deles não leva em conta o tempo que o professor passa preparando aulas, corrigindo lições, pesquisando, em reunião, etc., ou seja, o professor recebe estritamente por aquela hora que está dentro de sala de aula. Nos meses de janeiro, fevereiro e julho, sempre há uma redução da carga horária e, por conseguinte, do salário, e o professor tem que estar preparado para isso. Além disso, os horários são corridos e é comum um professor precisar dar aulas em até 3 escolas diferentes para complementar a renda.
Com o passar do tempo, o professor vai ganhando experiência e pode tanto passar a receber mais da escola onde trabalha como também partir para escolas que têm professores como mensalistas, onde as coisas melhoram. O mesmo vale para professores particulares, que podem ditar melhor o seu próprio horário além de receber mais pela hora/aula. Estes são alguns dos pontos que acho importante frisar para quem está começando a carreira ou que está pensando em ser professor. 
Ah, e já ia me esquecendo: uma vez entrando de cabeça nessa área, é muito provável que nunca mais consiga sair. “Professor” não é o que você faz, mas quem você é. Eu adoro!




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